O Que é um Neutrino e Qual a Sua Importância?

Por | 07:31 Deixe um Comentário

     Em dezembro de 1930, o físico austríaco Wolfgang Pauli propôs a resolução de um problema impregnado na cabeça de muitos cientistas: o desaparecimento de uma certa quantidade de energia no decaimento radioativo beta, comprometendo, assim, a Lei da Conservação da Energia. Pauli afirmou que havia uma outra partícula "nova" envolvida no processo, sem carga e de massa tendente a zero. Em 1934, essa partícula começou a ser chamada de neutrino, do italiano "pequeno nêutron", pelo físico Enrico Fermi. A partir daí, a medida que pesquisas e experimentos avançavam, foi descoberto o antineutrino, bem como outras partículas, e a discrepância entre dois tipos de decaimento beta


     Os neutrinos são a segunda partícula mais abundante do universo, depois do fóton. Também interagem muito fracamente com a matéria. Uma grande fonte próxima a terra é o sol, fruto de suas reações nucleares. Bilhões de neutrinos penetram a terra a cada segundo.

     O Prêmio Nobel de física de 2015 foi para dois físicos que trabalharam em oscilações dos neutrinos e descobriram sua massa, Arthur B. McDonald e Takaaki Kajida. Para isso, eles usaram um enorme detector que necessita de toneladas de uma solução aquosa de cloreto de cádmio. As fontes artificiais de neutrinos podem ser as bombas nucleares - como a de Hiroshima - e os reatores, esta última foi usada para as pesquisas que levaram ao Nobel.

     Já que, diariamente, neutrinos que cruzam o sistema solar para chegar a terra tem origem no núcleo solar, os físicos acreditam que esses podem ser a principal chave para esclarecer dúvidas sobre o núcleo solar e entender mais sobre um dos elementos fundamentais à vida no nosso planeta. Apesar de sabermos pouco sobre essas pequenas partículas, aparentemente, pouco importantes, no futuro, podem ser a peça fundamental de fenômenos nunca antes explicados, o fóton quem o diga.


  
Técnicos reparando o gigante Detector de
                 Neutrinos do Japão







                                                                                                                      Por Matheus Abrantes
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